Thursday, March 17, 2011

E vamos desenhar desenhos na parede, fazer traços e perceber onde existimos
Tremermos por dentro...
Trocar canções e sons que nos vislumbram ou nos deixam mais frágeis
Ao solo de um Verão, com uma praia quase deserta, com os corpos molhados, com aquele desejo imberbe, quase incontrolável
Viver noites a Sul, sem querer saber onde acordar
Apenas acordar e voltar a olhar nos olhos
Fingir que outros não existem nesse sabor...
Visitar solos desconhecidos pelas palavras antigas e inventar palavras novas
Mais perto...
Mais perto de ti...
Mais perto de mim...
Nos encontros, desencontros que nos toldam o corpo e os sentidos
Mas sentir...
Ao amanhã do acordar um toque suave, uma respiração...
Mais perto...
E o Inverno sente-se, e o calor abraça, a pouco e pouco, devagarinho para espantar o medo
Medo das frieiras ou das cicatrizes
Medo das coisas simples, tal como estas palavras, simples...
A simplicidade de dois passos compassados, sem palavras
Tocando a areia
Tocando-te,tocando-me
Em ti, em mim...
Mais perto.

No comments: