Friday, January 31, 2014



Silêncio porque és tu
Silêncio porque não questionas
Silêncio porque amas incondicionalmente
 e os dedos dos pés,das mãos são para falhar
Silêncio porque Amar é falhar
Silêncio sem deturpações vivenciais
Silêncio porque me amas sem convenções
Silêncio porque amas para além do desalento 
Silêncio porque te amo com o conhecimento que me deste na pele, na respiração, na quase morte da melancolia
Silêncio porque me abraçaste para caminhar pé ante pé nas pedras sozinhas
Tantos Silêncios felizes ou infelizes a caminhar no riso
Tantas palavras ao ouvido que ecoam grandes imperfeitas me fizeram feliz com o Silêncio

Tu és o meu Silêncio mais perfeito, o deserto mais perfeito
Nesse deserto sombrio sem movimentos, sem coisas palpaveis eu estou cheia
De ti, das tuas palavras, vivas ou mortas, felizes ou imperfeitas
Porque comigo estás a tocar todos os gritos ou sorrisos~
Até o espelho da parede que pode cair ou o beijo seguinte que te dou quando posso estar contigo para te acordar de um sono, com outro beijo ou um copo de leite e mais um beijo
Silenciar os teus movimentos mais mundanos e ser eu a gritá-los e poderes descansar das tua insónias
E na manha seguinte ser eu a tua guia das horas e minutos que se apertam
Ès o meu Silêncio e eu o teu com todas as almas e vísceras a gritar por este Amor mais que dito incondicional
Simples, porque é ...
Silencioso   

Na penumbra desse monte vadio em que te escondes
Está o grito das mulheres de lenço preto que apagam as lágrimas nos lenços secos
Na penumbra desse monte baldio está o corpo das vontades vivas
Chora o corpo presente , choro o corpo nascente
Aquele que todos os momentos foram o toque  da tua respiração
Dos sorrisos fertéis para um pé na toada da terra
Da celebração das coisas todas e todas elas juntas
Da mesa farta de coisas belas e líquidos acentuados
Uma penumbra de memorias fúnebres e esfumaçadas
Um dedo ao olhar que te amo
Um beijo ao jeito de despedida escondido no lençois
Pouco etéreos ou práticos só esses, aqueles a que não se ditam nome
Porque são viajantes e não ausentes sob a forma que não se quer dar
Sorrio ao literar estes dedos numa consolação
Verdadeira

Porque é esta a Paz que sinto no Caos que me faz Amar sempre

Friday, January 17, 2014

Abrigo-me lentamente no teu poiso solene, abrigado
Abrigo-me no teu instante nobre e silencioso
Abrigo-me no teu sangue sereno,rebelde,incondicional
Abraço aos poucos de poisos a uma distância tão longe e tão perto
a tua voz a um abrigo de silêncios com Paz
a tua voz bela, com abraços
Esses abraços com vozes profundas mesmo distantes
As palavras sós, atropelam-se porque não falam mais do que tu
Eu abrigada nessa distância segura de um abraço teu
E ao mesmo tempo sempre, abrigada, segura
Ès mais que as palavras ou coisas ditas
És mais do que tu em ti
És mais do que eu porque me sentiste
Eu sou porque me sentiste
Eu sou porque estás em mim
Tu és tudo com tudo
Coração,Grito, Paixão, Amor, Força,Dor,Amor,Amor,Amor
Sem palavras
Só és
Instantes Perpétuos, sempre
Abrigo-me todos os dias no teu colo de embalar
Ainda que não saibas
Sabes
Abrigo-me no teu sorriso, no teu cabelo de Domingo
No teu sono alerta
No teu beijo na minha boca
Na minha manhã acordada
No espelho que fala
Abrigada sempre no teu Silêncio
Nas noites felinas e o teu colo invadido
E estás sempre em Silêncio
Com todas  as palavras feitas ou mortas
E choro vagarosamente, com cuidado porque não te quero magoar
Porque todas as palavras onde me abrigo são tão poucas perto daquilo que me fazes sentir
Sinto-te com quase tudo