Saturday, December 27, 2014

A rua com frio
Os ruídos frescos de uma manhã quase do Presente
A despedida nos olhos em fuga
Peço perdão à tua alma com fogo na boca
Perdão

Wednesday, December 17, 2014

Monday, December 15, 2014

Olha-me pelos olhos e não pelos poros
Dá-me palavras com esquecimentos dentro delas
Sussurro na pele até ao outro lado do mar
Não sei onde fica o outro lado
Encurta a distância com o corpo
Sem que o corpo se toque
Vinga-te nos lábios até adormecer
Até o rosto doer

Olha-me nos olhos até que termine o cigarro
Depois, o tempo morre dentro dele e mentol com malvas
Depois o tempo ressuscita com os dedos na alma
E a sala dança uma valsa a exterminar o frio
A gola "degola"o obvio da palavra
E o quarto adormece com uma almofada branca

Olha-me invisível nos ruídos das vozes que pernoitaram na minha casa
E na minha cara anoiteceram palavras e eu a desejar caminhar
Com o meu corpo a tocar o passeio que desmaia no rio silencioso
Silencioso rio que me faz transbordar

Olho-me nos olhos e o mar está perto...