Wednesday, May 25, 2011

Gosto de sorrir sozinha...

Tuesday, May 24, 2011

joanna newsom - sprout and the bean

Café Au Lait

Pudesse eu sentir-te uma vez mais...

a meu colo...
as minhas mãos a viajarem pela tua cabeça...
A tua cabeça contra os meus dedos que estalam...
Beijar-te o nariz rosado e a tua língua a espreitar de satisfação...
O cadeirão felino e tu deitado nele
e o teu sono sonoro embalado pela música
e os teus olhos brilhantes numa janela junto ao mar e eu a contemplar-te
Abrir a porta e tu à minha espera a dançar nas minhas pernas, o teu corpo a esfregar-se no chão...
os teus olhos brilhantes, curiosos...
Posso eu ver-te assim mais dias e mais horas...
Deixa-me...
Deixa-me sentir o teu peso no meu corpo nocturno
Na minha cama que amanhece
Deixa-me abraçar-te até soltares aquele som que me faz sorrir quando te aperto...
Deixa-me ver-te correr pelo corredor, pela sala, pelo quarto, pelas cadeiras que rugem ao teu sentar
Deixa-me abrir-te a janela para veres as coisas simples lá fora...
Vou esperar por esse dia, fechar os olhos e respirar
Amo-te

Friday, May 20, 2011


Vou crispar-me sem ruídos. Adulterar-me para que os meus musculos não cedam a qualquer coisa redundante.

A veia da minha testa vai latejando ...
Make a wish and you´re dead...

Wednesday, May 18, 2011


Hoje o meu corpo tremeu ao olhar de desconhecidos, ao prazer das folhas que se desvanecem do chão e que antes abraçavam os galhos...

A chuva entrou-me nos poros sem me proteger...caminhei só, perdi-me nos jardins,vi um pato a "dormir" e fiquei com medo de dizer que morreu...
E agora vou achar estas palavras ridículas porque não se enfeitam...
O pato não se enfeitou antes de morrer...
Caminhámos três em passos duplos, assentámos os pés num chão com uma mesa por cima....
Relatamo-nos sem invasões ou sem suor, apenas com silêncios ou lábios que mais uma vez se encontram com cigarros guardados que se aguardam numa caixa silenciosa...
As palavras vão assentando-se na mesa de pedra, juntamente com as beatas...
E consumimo-nos com as ideias de nós para nós...
ausentes do medo...
Nós...

Tuesday, May 10, 2011

E se num momento me condeno ao chão mortal, respiro para não mais doer a pensar na Morte...

Hoje os lábios e unhas vermelhas, envergam uma camisa azul com um colar de pérolas feito de fingidos valores....
O cabelo arrebata-se silencioso junto á pele com uns óculos de sol satisfeitos...
E os passos sem efeitos sonoros vagueiam pelas ruas de um subúrbio sobejamente conhecido pelos pés e pela alma...

Saturday, May 07, 2011

I love it...

Blessed me...

oiço para não me escutar...

para não me sentir aos poucos
Os poucos que se intitulam renascentes
mas que morrem por uma espera eterna que não escapa ao sentido
todos vestimos uma indignação fervorosa porque sabemos o que fazer lentamente sem bocejos...
Com ou sem respostas acordamos com um destino diluído, sem respirar...
Vou espantar-me devagar porque sou sovina...

Quando todas as almas se invadem para não se escutarem

Os prelúdios pequenos, silenciosos redimem-se desconexos...
Quatro de espadas num agudo suspenso em surpreendente voz...
Na veloz voz de inquietação...
Invado-me porque não me inquieto
Sempre sem sentido...


"No more "shell" we part..."

Cage....