Wednesday, May 18, 2011


Hoje o meu corpo tremeu ao olhar de desconhecidos, ao prazer das folhas que se desvanecem do chão e que antes abraçavam os galhos...

A chuva entrou-me nos poros sem me proteger...caminhei só, perdi-me nos jardins,vi um pato a "dormir" e fiquei com medo de dizer que morreu...
E agora vou achar estas palavras ridículas porque não se enfeitam...
O pato não se enfeitou antes de morrer...
Caminhámos três em passos duplos, assentámos os pés num chão com uma mesa por cima....
Relatamo-nos sem invasões ou sem suor, apenas com silêncios ou lábios que mais uma vez se encontram com cigarros guardados que se aguardam numa caixa silenciosa...
As palavras vão assentando-se na mesa de pedra, juntamente com as beatas...
E consumimo-nos com as ideias de nós para nós...
ausentes do medo...
Nós...

No comments: