Tuesday, May 24, 2011

Café Au Lait

Pudesse eu sentir-te uma vez mais...

a meu colo...
as minhas mãos a viajarem pela tua cabeça...
A tua cabeça contra os meus dedos que estalam...
Beijar-te o nariz rosado e a tua língua a espreitar de satisfação...
O cadeirão felino e tu deitado nele
e o teu sono sonoro embalado pela música
e os teus olhos brilhantes numa janela junto ao mar e eu a contemplar-te
Abrir a porta e tu à minha espera a dançar nas minhas pernas, o teu corpo a esfregar-se no chão...
os teus olhos brilhantes, curiosos...
Posso eu ver-te assim mais dias e mais horas...
Deixa-me...
Deixa-me sentir o teu peso no meu corpo nocturno
Na minha cama que amanhece
Deixa-me abraçar-te até soltares aquele som que me faz sorrir quando te aperto...
Deixa-me ver-te correr pelo corredor, pela sala, pelo quarto, pelas cadeiras que rugem ao teu sentar
Deixa-me abrir-te a janela para veres as coisas simples lá fora...
Vou esperar por esse dia, fechar os olhos e respirar
Amo-te

1 comment:

rita said...

Ele está e estará sempre contigo. Porque mesmo quando eles que partem, e espero que não seja para já o caso do teu café-au-lait, permanecem muitas vezes. Os mortos, tal como os vivos, não morrem uma só vez e podem viver para sempre. Amo-te