Saturday, June 25, 2011


Try me...

I´m your best nightmare...

Friday, June 24, 2011

Jeff Buckley - "Hallelujah"

À minha Mãe Rita à Tânia e à Julieta

A Morte, a Vida, a despedida, o conforto, o desconforto, o medo de não mais tocar o corpo que partiu, a Mãe que deu à Luz, a Mãe que educou, teve medo, a Mãe que beijou abraçou, ensinou palavras sábias e foi guerreira. A Mãe que nos dá um beijo ao deitar e chama a Razão para dentro de nós, o Coração para fora de nós, que passa a mão pelas nossas cabeças redondas e as faz ainda mais redondas, que nos faz sair da redoma e nos empurra para viver, aos poucos ou com tudo ao mesmo tempo, com lágrimas ou sem elas, com suspiros ou refugios, a correr ou em câmara lenta, na noite ou no dia, com ou sem, mais ou menos, falhas perfeitas, demónios com asas de anjos ou apenas anjos que dormem, acordam, no primeiro beijo do seio que alimenta o corpo e alma e nos faz ser gigantes e sorri até as rugas se arrastarem pelo Tempo que é nosso e de outros, dos desconhecidos que não sabemos história, dos nossos que sabemos coisas saltitantes ou nem tanto...
A Ela, agarramo-nos com todas as forças que temos,porque a queremos para nós Sempre. Fingimos que não ouvimos o que não queremos ouvir, sussurramos-lhe ao ouvido, pé ante pé, para não nos assustarmos...Ela já sabe antes de nós sabermos que as coisas não são permanência ou impermanência, levam-nos sempre nos dentes,onde quer que vá, não nos deixa nunca, lambe-nos as feridas suavemente com língua áspera ou sedosa, felina ou canina, humana, intuitiva, eterna, moderna, eterea,carismática, suave, frágil,forte,suada, bela,simbólica, metafórica,aguda ou grave, tanto ou pouco, a dizer coisas em profundo modo, com risos ou séria, sempre a respirar por nós e por elas, sempre a sentirem as coisas más e boas, sem pudores disléxicos ou métricas inoportunas que não fluem. Sempre alerta com ou sem sentido, mas sempre alerta, porque a cria está primeiro, e as garras soletram-se uma a uma, e estão lá para nos fazer escapar da penumbra, da sombra, do invisivel que não é sadio, do visivel que se estampa nas nossas paredes. Aceitam, aceitam-nos,convictas,com verdade que nos passa pelo ombro, para trás de nós e não conseguimos voltar a cabeça para o Passado ou o Presente, porque já estamos no Futuro e desejamos viver com tudo.
Porque o almoço, o jantar, o lanche, ou a pequena coisa para trincar é sempre importante para não desfalecermos nesta incógnita corrosiva ou airosa que nos faz acordar, respirar, resmungar, sentir e adormecer. E a Mãe é sempre mágica porque nos cala com uma boa frase ou uma boa refeição, pensa em tudo até como nos devemos , sentir e Ser, mas sempre no caminho de um bom Pecado.
Mãe, MÃE, mÃE, mÃE, mãe, Mãe, Mãe,Mãe, esta palavra nunca me parece disforme....
Mama Rita I Love You.


Wednesday, June 22, 2011

Alpha - Burn Me Again


Ontem vi um Pierrot nas ruas ensurdecedoras da cidade

Gostei
Hoje vi dois lençóis repousarem numa janela embaraçados de se abraçarem
O vento
Gostei
Fui viajar a um destino que ao toque de dois dedos ninguém estava para eu me acudir
Respirei, dancei uma valsa rápida com o meu próprio corpo
Repousei num café com uma mesa para me aparar e o vento para me afugentar
O comboio fez marcha atrás e levou-me até onde pedi...
Toquei a mesma pessoa duas vezes sem saber...olhámo-nos e rimo-nos em segredo...
Eu continuei a rir num solo, em segredo para ninguém desconfiar...
Voltei à casa em que o ferrolho se encerra numa estação a meio do desejo...
E vou ditando palavras a mim própria para que me acredite sem dúvidas obscuras ou qualquer coisa parecida...
Ainda estou à minha espera para pintar as unhas de vermelho e acordar...


Saturday, June 18, 2011

Alpha - Somewhere not here

Não sei onde estar aos poucos...

Ou estou em tudo ou em nada...
Sobejo-me de estar em coisas quase pouco permanentes...
Onde sinto e não sinto, onde Deus ata a meia ao Diabo...
Em qualquer lado menos naquele onde estou, a mergulhar para ondas de penumbras que fogem...
Quero estar dentro de mim..
Onde o vento passa e sentes frio mas permaneces de olhos fechados numa toalha vigilante...
Onde os passos são silenciosos mas és tu porque sentes todas as negras...
Onde as memórias se sentam a teu lado e sentes que são memórias felizes mas que se invadem
Quase que tudo é felizmente permanente no estar Presente.
Em que Deus beija os pés sem saberes e procuras nas navegações temporárias, respiradas de mundos rebeldes a ti...
Qual o subito instante da pele em que gritas o desconforto quando o dedo de Deus te toca?
É esse, o que não sabes, mas que sentes...
Somewhere out/in here...

Wednesday, June 15, 2011

Fever Ray 'When I Grow Up'

Todos os dias te agradeço e te mando um beijo.

Sinto o teu cumprimento de bigodes infinitos no meu rosto que acorda,vive as horas e adormece.
Esta coisa de cairem gotas de olhos castanhos com pestanas faz doer porque é uma coisa que se diz saudade.
Tenho saudades tuas minha pureza...
O amor incondicional é deitar palavras para o mundo que se sentem com tanta força que nem nós conseguimos aguentá-las...são só palavras...
são menos daquilo que és...és mais, deste mais do que palavras...
Mas eu simplesmente assim sei fazer...
Palavras contigo dentro...
E aqui me repito, sempre, sem sentir que é demais ou menos, é simplesmente...

Tuesday, June 07, 2011

Vou doer-me, vais doer-me, dói-me...

Sem respirar prúridos ou coisas que se sentem...
A humildade quase pouca e egoista por te querer sentir na plenitude...
As nossas cabeças imaginam-te a saltar mundos e coisas simples
As nossas cabeças amam-te com todos os sentidos para parar o coração
Amamos-te com o coração, com a alma com todas as garras
para nos podermos arranhar...
com a tua falta...
Solene, em ti,
Solene em ti, solene ti solene em ti
Não me dês palavras
eu sou te posso dar isso
és mais do que eu por isso te sinto tanto...
tanto que as coisas mundanas se vão desmitificar para um outro lado sem fé...
Meu lindo, meu amor, meus olhos que eu amo porque os quero ler...
Por isso a justiça me visitou e me doeu...
Por ser justo partires mesmo que eu não achasse justo...
mas por Amor deixas partir...
mas por Amor deixas partir...
E uma parte de ti morre, porque sabes que deixar partir é viver...
A ti meu felino...

Friday, June 03, 2011

E se um momento deixasses de respirar

e eu deixasse de ver
sentir
E se não pudesse tocar mais na tua pele rosada cheia de sonhos transparentes e puros
E se os berlindes não fossem mais olhos para eu sorrir
Se este momento trespassasse mais que a mim
Seriamos nós, quietos, lentamente, a olharmo-nos...
Tu puro...
Eu com mágoas humanas, mas amar-te sempre...delicadamente...
Heroe em valsa lenta, num conto exemplar que desmaia...
Ainda quero que me arranques as rugas ao som pontiagudo da tua unha...
Ainda preciso do teu nariz na minha boca sem palavras...
o meu egoismo ainda precisa da tua respiração...
desculpa...
preciso de ti...
tornei-me pequenina ao pensar que não és no meus dias...
As minha mãos contraem-se, beijam-se os dedos, uns contra aos outros cheios de força...
e o resto do meu corpo, disfarça aos poucos, desapareceu aos poucos, sem legitimo lugar...