Thursday, December 27, 2012

Onde estamos nós para além de passos pequenos que se diluem em pequenas frases?
Os passos levitam entre lençóis transparentes
O acordar ao adormecer, o adormecer ao acordar
o duelo dos perdões
as espadas em dedos férteis
A insónia
Os seus mártires em pousio
O solo incandescente, quase adormecido
a dançar em braços apertados com um tronco de memórias
Lê-me
Incógnito
Quase cego
Por entre as gorduras ofegantes das coisas boas e o esqueleto do esquecer
E estamos nós em passos pequenos
a esmagar lentamente o que fomos em perpétuo ruído
o bem e o mal
o silêncio e o absurdo
o toque e a devastação
o Dilúvio e o Paraíso
o Encontro e a Morte
o Terço e o Nada
Ouvindo aos poucos, com sem quase sentido para não soar a coisa não Eterna
Eu sei  onde adormeço os meus pés