Thursday, November 27, 2014

Tenho os pés molhados de te dançar na chuva

Saturday, November 22, 2014

Não me procures para me encontrar
Encontra-me do lado esquerdo do hábito
Não me encontres com madrugadas pouco oportunas
Porque sadia é a noite quente
Não me encontres com poemas dificeis
Não te despojes com poemas fáceis
Em que a palavra se abraça perversa
Procura-me porque sim
Porque em todos os instantes foste tu 
Porque acordar é tudo no momento
Porque os meus olhos se escondem nos teus braços e não sabem como fugir...

Friday, November 14, 2014



Corpo seco
Corpo da terra
Telúrico
Mais olhos que palavras
Amor rude
Força terna
Carinho tenro
Dedos duros, fendas até tocar a árvore que morre
Até tocar sempre no silêncio
Até tocar a palavra depois das rugas e cabelos brancos e com lágrimas instantes
E chorar o Amor no tempo tarde demais
Uma varanda a tocar as nuvens e o corpo frágil
E o silêncio das tuas mãos fortes a segurar para o vento não levar
A tua verdade crua generosa e honrada
Amor pelas sementes puras
Com planícies, sóis quentes para acariciar à distância o coração
Procura a minha rua, não tenhas medo
Encontraste eu estou aqui
Encontraste
E visitaste as minhas paredes, o chão de madeira,sorriste,sorrimos,abraços e a cidade esculpida
Encontraste nos teus passeios solitários
Herdei-te nos passeios solitários, o silêncio
Telúrico a tocar céu
O pouco de mim que posso dizer de ti
O desejo dos teus olhos estão perto de encontrar
A Paz que que queres tocar

Avô (José Soares Pires)


Wednesday, November 12, 2014

Vou deixar-te porque amanhã quero ser Eu com o meu cabelo novo...

Saturday, November 08, 2014

Esta é a memória do Presente, o instante
Em que tudo se toca e me apetece tocar alguem, dentro e fora
Não sei qual o limite para fechar os olhos e começar de novo para contornar dedos e lábios, pele fucsia ou transparente...
Em que de repente peles são noivas uma da outra sem palavras
Quase a tocar a verdade para serem mentira uma da outra
Quase tudo para começar de novo no sentido oposto
E mais uma memória ao som do mar para me atormentar segredos vivos
E mais os teus olhos na distância de uma eternidade com tempo contado
E sou eu com semblantes de todas as maneiras com o coração vivo
E és tu  no desconhecido a apagar chagas invisiveis
E és tu que não sei quem és a procurar-me dentro
E sou eu a procurar-me mais do que palavras...
O piano termina...eu também não