Sunday, February 22, 2015

Olha o Sul de frente
O caminho do Mar com pés descalços
A areia a comer os cabelos
A espuma a respirar sereias adormecidas na costa
As conchas com gatos
As Rochas sem monstros
As pálpebras com Sol
A varanda a ressoar um livro com palavras Presentes
E um copo cheio de insultos silvestres
A beijar o coração selvagem com rendas de bilros a rir do lençol branco
O rádio no canto sem urtigas
Os dedos cálidos, sem calos velhos
A franja molhada colada no ventre
E todos os suspiros são o Sempre
Na lagoa que mira o Mar
Com os despojos de sopros
De dias quase iguais de serenos eternos
Com Bíblias debaixo dos cotovelos perto dos Lobos
Perto das coxas
A contar uma história
Quase tão irreal como a que se dita verdadeira
"Dos Gardenias para ti"
Sem guerras, para ti
E o desenho de um terraço sem gárgulas
Ausente de escarpas
Um pedaço de Alma
Em que vou dançar
O candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
E o candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
O candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
E o candeeiro junto da janela fumo um cigarro
E o candeeiro com a janela fumam um cigarro
E....

No comments: