No meu colo que é quase um ventre
o repouso
No meu colo redondo de quente
o teu corpo
No teu colo onde repouso
o meu corpo maior que o teu
os teus dias nos meus
eu dentro dos dias
As viagens de um mundo em minutos grandes
Os minutos num mundo pequeno
o sono ao lado da cara
o sol no chão da casa
o solo na tua cama
o ar com moscas e coisas invisíveis
As costas com sonhos
as pernas paradas
o teu sorriso nelas
A água com sardas e os teus lábios com sede
Sacos do outro mundo e a língua áspera
nariz cor de rosa ou é lince ou Farófia
O corredor no teu corpo e as paredes brancas
Miúda pequena de olhos grandes onde o Amor não cabe
miúda pequena de coração grande
miúda pequena como companheira de segredos constantes
onde o som que formam palavras se guardam no teu reino
Entre o céu e a Terra, miúda pequena, Rainha de um minuto em horas grandes
Rainha do mundo de um corpo maior
Miúda pequena preciosa,terrena, Maior que eu.
Tuesday, March 10, 2015
Sunday, February 22, 2015
Olha o Sul de frente
O caminho do Mar com pés descalços
A areia a comer os cabelos
A espuma a respirar sereias adormecidas na costa
As conchas com gatos
As Rochas sem monstros
As pálpebras com Sol
A varanda a ressoar um livro com palavras Presentes
E um copo cheio de insultos silvestres
A beijar o coração selvagem com rendas de bilros a rir do lençol branco
O rádio no canto sem urtigas
Os dedos cálidos, sem calos velhos
A franja molhada colada no ventre
E todos os suspiros são o Sempre
Na lagoa que mira o Mar
Com os despojos de sopros
De dias quase iguais de serenos eternos
Com Bíblias debaixo dos cotovelos perto dos Lobos
Perto das coxas
A contar uma história
Quase tão irreal como a que se dita verdadeira
"Dos Gardenias para ti"
Sem guerras, para ti
E o desenho de um terraço sem gárgulas
Ausente de escarpas
Um pedaço de Alma
Em que vou dançar
O candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
E o candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
O candeeiro ao lado da janela fuma um cigarro
E o candeeiro junto da janela fumo um cigarro
E o candeeiro com a janela fumam um cigarro
E....
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Saturday, February 14, 2015
Os cabelos negros debruados a branco com cinza a reescrever coisas quase possiveis
Inquietude no corpo
Amor na Alma com o Sol dentro
O Silêncio como resposta
O bolor a desaparecer com orações de corações viciados
E olhar a cidade debaixo, suspensa aos olhos da respiração
Um cruzamento com pedras a trepar as pernas de nódoas negras
e o turpor da voz solene,embriagada pelo encontro imperfeito
A razão no interior com um frasco de mel
E uma casa perto do mar
A poesia no subsolo
E o céu no peito
O corpo com olhos de gato e os dedos eriçados
O nenufar com dentes de leão afoga o espectro
O comboio a caminho de ruínas com solos calados
Adormece sentado com gotas de pouca chuva
As sirenes enrolam xailes brancos entre os lábios e as palavras
E os cabelos negros debruados a branco descruzam uma viagem
E os dentes fintam a pele
Uma casa sem escombros à volta, com dois corpos lá dentro
Tudo se escreve e o céu a escutar uma história com folhas seladas
A manhã adormece sem catástrofes
E o mar visita o lado esquerdo da mão
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6:24 PM
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Monday, February 02, 2015
Os tremores repetidos da fuga adensam-se com uma memória que se escuta Presente
E todos os corpos que são quase dois desaparecem
A manhã olha a janela que não vê o mar
Tarda em escavar a estrada invisível,a viagem distante
O Rio sem ser o Mar
A rua deserta na quase meia noite e a Avenida que escorre na história de um Tempo
A Colina que foi Castelo
A noite de olhos azuis rendilhados de esferas transparentes
Insistem
Na coisa do Destino com rumores dentro de sons
Fantasmas dentro de fossas
E a Nova Aurora com corações em sentido
Debruça-se sobre a janela
A Nova Aurora tem muitos corações
Tocam o chão com folhas de Outono e relva de um azul Primaveril
Debruada com cicatrizes e ponto cruz
E os tremores repetidos são apenas catarse em fuga que se estendem no chão
Sem frio e com palavras
I.V.
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7:39 PM
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Thursday, January 29, 2015
O jardim está vazio sem pegadas
O vento termina antes do sopro
Os olhos escoltam o chão
A terra esconde-se por entre as folhas
A senhora ajoelha-se perante a sombra que toca o sol
E os dias com fé
O livro termina antes das palavras
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Tuesday, January 06, 2015
Sunday, January 04, 2015
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncOs ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídosio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio nos ruídos
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Os ruídos em silêncio, o silêncio em ruínasOs ruídos em silêncio, o silêncio em ruínas
Palavras na distância sem ouvidos e com olhos dormentes
Pálpebras solenes,mudas com coisas lá dentro
E a Estratosfera
E a Razão
Do not Disturb
E o Gato
A Merda e o Prato
Eu o Mundo com reservas no fundo
A Sala e o Vinho
O Cigarro e o Desabafo
Desabado grito na porta com a chave no cansaço
O confessionário com perdão antes do perdão
Didascálias invisíveis
Corpo no sopro
Com voz de coraçãoOs ruídos em silêncio, o silêncio em ruínascomvozde coraçãoOs ruídos em silêncio, o silêncio no ruído sem ouvidos e com olhos dormentesna distânciacomcoisas lá dentro
Corpo num Sopro com Verdade sem Distâncias
Eu ensino,tu ensinas...
Eu aprendo,tu aprendes...
E o som de nós vai dormir sem ruídos
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7:33 PM
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