Saturday, June 02, 2012

E o meu espectro ficou na magnólia com a cara a derreter para o chão de sementes vermelhas que cheiram a terra.
Os intrusos suspiros, suspeitos de cansaço, libertam as vozes criança. Atira o desejo ao ar e saboreia o beijo no céu vigilante onde moram os deuses mudos, nus, pálidos,mármores...
Quero visitar-te lentamente para não me assustar,passando a língua pelos dedos quentes...
Hoje estás/estou, as horas seguintes respiram sem permitir perseguições...
O açaime vigia os passos da boca para não sair poesia prematura...
Os cigarros contemplam o fumo que desmaia o corpo rebelde com vontade de não se mover...
Quanto Não me diz a Alma e se escapa para o suícidio
Imberbe coerência...
A olhar os musculos dos braços e apreciar a vontade de um manifesto sedoso...
os braços nos braços a percorrerem pele mas com profundo saber de onde não vai dar o Destino
E a Natureza impõe-se com flores brancas num jardim quieto, onde um vestido azul caminha, com passos cintilantes, na sombra de uma espera inquieta...
segrega-te/segreda-te o movimento impossivel e serás sempre ao tempo de um sonho em bicos de pés...


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