Monday, January 16, 2012


Sentada, com um cigarro no canto do dedo

Sem esperar que o momento se aproxime
Nas coisas que são valsas, inoportunas, displicentes
Sem gaguejar de filosofias rogadas de sabedoria
Porque o coração parou
Porque não sei por onde começar a existir
Numa qualquer formula que se diz nova mas que desfaleceu no tocar de um braço adormecido...
Oiço a música adormecida de uma eternidade
Para não me sentir absoluta
Sou nas coisas que sinto, no que paira sem ser eterno
E agora vou ser mais eu, com o ranger de luvas pragueadas de sufoco
Porque amanhã oiço o carro do lixo a varrer-me a memória
No instante , tão vazio, mas tão pacífico
Porque estou em mim
E mais ninguém agradece
Porque sou eu sem deslizes de mim...


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