Friday, March 30, 2007

Um comboio
Lá fora tudo se ultrapassa a si mesmo sem respostas ao tempo
Os meus olhos vendados
Uma mulher recheando os seus remendos com linha fina
Duas agulhas
As mãos dançam na convalescente vontade de desenhar o linho
Os olhos fecham-se
A boca descai
Adormecem numa tempestade de fundos infinitos
O corpo estremece no ressurgir ás estações ruidosas
Acorda
Para sair

No comments: