Tuesday, January 30, 2007
Wednesday, January 24, 2007
Hoje foi um dia cheio de luz!
Desde que o novo ano espreitou na minha boca que não me saboreava tão plena.
Há dias assim, raros, mas tenho a certeza que daqui para a frente se tornarão um quase vício.
Depois de um dia em que visitei várias vezes o Metro(Avenida, S. Sebastião, Sete Rios,Avenida, Baixa Chiado), um palmilhar fortuito de cabines escorregadias que me escapavam por entre os dedos curtos, fechei os olhos e abençoei este dia.
Se te disser que as coisa simples foram as mais inebriantes e mágicas, talvez não passem de uma coincidência ancestral com a realidade imperfeita.
Estive com a minha prima (que abençoo como se fosse irmã. Ela contou-me um segredo.)
O meu dia prosseguiu, apressadamente nas cabines escorregadias,rolantes ,de várias vidas silenciosas.
Cheguei ao submarino amarelo (diga-se: Escola Superior de Teatro e Cinema, prestes a falir porque o dinheiro foi comprar cigarros e não voltou), tudo correu bem.
Vozes que me falaram de projectos e projectos que se acordam e se assumem senhores de si mesmo , espancam-me o ouvido beijando-o carinhosamente.
Um entrar em casa para fazer tempo para uma audição.
Audição:Teatro São Carlos para figuração nas Valquírias.
As horas despejaram-se languidamente nas paredes de uma casa em Lisboa e os meus passos tremeram as calçadas e as cabines.
Quando o meu olhar alcançava o nobre edifício, de uma audição ainda incógnita, a Dona Ana, senhora que vende a revista Cais, me assaltou o olhar e o meu corpo sorriu. Comprei uns postais. Sou a Bruxa da Bondade, uma Fada, é isso, nas suas palavras que me fizeram feliz.Aquela voz e aquele corpo com o almoço da minha abençoada irmã e o segredo que partilhou comigo, fizeram do meu dia quase uma paraíso solene, silencioso só para mim.
Fiquei na audição, cremando pescoços com dentadas subtis.
Todo o meu dia ecoou ao chegar a casa, num sonâmbulo prazer.
Desejo que todos os teus dias se iluminem com todas as coisas simples.
Elas existem, nós não as vemos
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Friday, January 19, 2007
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Wednesday, January 17, 2007
Saturday, January 13, 2007
Love letter
I hold this letter in my hand
A plea, a petition, a kind of prayer
I hope it does as I have planned
Losing her again is more than
I can bear
I kiss the cold , white envelope
I press my lips against her name
Two hundred words. We live in hope
The sky hangs heavy with rain
Love letter Love letter
Go get her Go get he
Love Letter Love Letter
Go tell Go tell her
A wicked wind whips us the hill
a handful of hopeful words
I lover and alwaYS will
The sky is ready to burst
Said something I did not mean to say
Said something I did not mean to say
Said something I did not mean to say
It all came out the wrong way
Love letter Love letter
Go get her Go get her
Love letter Love letter
Go tell her Go tell her
Rain your kisses down upon on me
Rain your kisses down in storms
And for all who`ll come before me
In your slowly fading forms
I´m going out of my mind
Will leave me stading in
The rain with a letter and a prayer
Whispered on the wind
Come back to me
Come back to me
O baby please come back to me
Nick Cave
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Thursday, January 11, 2007
Se por um certo momento, incerto, as coisas se chamassem outros nomes que não os seus; todos os valores do mundo certos e errados se permitissem adulterar a eles próprio sem qualquer indicação de moral; o bem e o mal conciliado dentro de nós; a espera em consonância com a impaciência, o oposto de todas as coisas definiveis e indefiniveis surpreenderem-se sem qualquer prenuncio de pensamento profundo para não chegar à encruzilhada de sentir indecisão.
Pensar em sintonia sem massacrar quaisquer fluido ou carne. Não sentir o desespero de quem quer tomar a perfeita e absoluta certeza de agir.
A complexidade dentro de nós, corrói, muitas vezes a percepção pura e instantânea da imagem que nos assola o pensamento. Neste momento, estou envolvida com o prazo da reflexão, qual a sua verdadeira efemeridade ou eternidade ?
Existe a palavra Tempo para encontrar o que queremos ouvir? Ver, sentir? Como dar continuidade a um Presente incógnito que nos esmaga silenciosamente com interrogações daquilo que poderemos ser ou perder no próximo tempo?
No Presente anseia-se um futuro invadido por concretizações de memórias e desejos. Idealiza-se tanto no Presente, sem a consciência de que o acontecimento futuro está a tocar-nos, que quando o malogrado momento chega estamos vazios de energias que foram desbastadas por possuir aquilo que há-de vir. No instante em que nos encontramos, lá, nessa partitura infima do desejo proclamado, estamos cansados de tanto ter idealizado. “ Estás feliz? Não era o que querias?” Sentimos vergonha de dizer que sim, mas que a excitação fogosa existiu na idealização, que a concretização foi uma espera alcançada,e, que o contentamento é moderado porque as expectativas não se ultrapassaram a elas mesmas. E o que é isso de expectativas?
Esperando ansiosamente por comer uma sensação de realização profunda, imaginamos, como será. Muitas vezes existe um monólogo interior de divagação, no entanto, esse monólogo não se desenha só por nós . Não sera também por elementos exteriores?
Ouvimos monólogos, solares, lunares, liquidos, gasosos, depende do estado, de um alguém que quer viver e que deseja que vivamos o mesmo. Os nossos olhos brilham até cegarmos pelas palavras. A expectativa.
Quando caminhamos para o climax de sentir com todos os sentidos aquele monólogo exterior que nos foi dado a beber...
e...
A perfeição não existe nem aquilo que vemos dentro de nós ou aquilo que os outros nos passam como mensagem é verdadeiramente o que imaginámos.
Culpa
Um valor
Intransigente
Sentimo-la com ou sem consciÊncia
Culpa por acharmos que era como tinhamos abraçado no nosso desejo; culpa por que alguém ter beijado tão apaixonadamente o que não é realmente.
Realmente, o que é o quê?
Que direito existe nesta questão?
Talvez o único direito é certificarmo-nos, de que nada é como queriamos que fosse , e ,que , a unica culpa é essa.
Vamos tomar um gole de água benta para nos redimirmos e limparmos esta culpa, voltar as costas ao dia do julgamento e imolarmo-nos com prazer destes enigmas que somos nós para nós mesmos, até ao terceiro dia em que ressuscitarmos e errarmos na perfeição outra vez.
E assim existe o Homem: com todas as condições justas e imberbes, com todo o salivar de clichés que são, muitas vezes a sapiência de querer existir, reflectir sobre todas as coisas que nos escapam, moem, corroem, nos fazem fechar os olhos e tocar todas as coisas sem nome.
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