Friday, October 04, 2013
Habitar o céu e a terra, habitar os labirintos navegantes
Estalar os dedos como arma os dedos
Os olhos rosnam
Aos poucos se pertence a uma historia desmembrada
Aos poucos se disserta o perpetuar das coisas
Hoje se habitam, amanhã deserdam-se
O cigarro tem uma pequena fuga
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Friday, June 21, 2013
Dos rendilhados de palavras de rés do chão que soam a francês
Dos perfumes ornados a garrafas vazias
as vozes existirem com insistência nas paredes
E as memorias das palavras que disseste serem tuas e minhas e soarem a longe
Porque estás longe
Os teus medos em comunhão com os meus não estão longe
Cheiram a perto
Entre o mar e o rio
Tu soas-me a mar e desejas partir
Vou soar contigo porque soas a mim, soou a ti
E vamos soar em simplificado, com um gato a entrar no regaço do leito e a história a ser eterna
Nas coisas ditas importantes, nas outras que se dizem nem tanto...
São sempre coisas...
E somos sempre nós,entre nós, dentro de coisas...
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Tuesday, April 09, 2013
Estou num lugar onde não me sinto
Estou num lugar onde me entendio a estar, vagarasomente
E com as palavras
Me entretenho em tédio
E percebo onde quero estar
É no tédio onde me segredo
No tédio segrego os silêncios que virão
que estão Presentes antes de estarem
Antes das cinzas já se condenam a cinzas
Antes do pó foram flores
Antes de mim já me imaginei
O sopro
em sufoco
O pudor está lento
e o joelho não mexe
As Almas vão voar onde o Império não se irá sentar
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Wednesday, April 03, 2013
E assim se ergue uma rocha
Os olhos erguem-se mais baixos
Para o chão que assenta os pés
Os lábios a tocar o chão
A queda
Em desequilíbrio
A queda
Com o mundo presente
Tu sentado a dormir
E os ossos com janelas
As tuas mãos com raízes
Telurico castigo
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Monday, January 14, 2013
Toca o dedo na relva
Lava o chão com cinzentos de fúrias
Foge aos poucos
Amanhã e depois de amanhã e no dia seguinte e no dia a seguir ao outro e ao outro que não queres saber
Todos os dias são dias
Com e sem cheiro , com e sem palavras, com silêncios a mais
Um dia igual ao outro sem sobras, sem sombras
E as coisas remexem-se e revoltam-se e a tua vontade nessas coisas todas
Com os bichos e o seu eco, com o esqueleto a tocar a morte e mais um bocadinho
Com as voltas e o toque do sino
A repetição e o sinal e as munições
A garganta e essas, para além delas com mais que tudo
E a fada do arco íris que morre rapidamente com um cigarro à porta
E as coisas soberbas e sublimes que me entendiam pelos outros e não por elas
E o tédio vago e vagaroso de querer desaparecer
um desejo ausente adolescente de minar os dentes felizes
nas coisas que são palavras e desenhos foscos
a lente que fogueia o silêncio que já foi ouvido
e na morte para a eternidade com flores de plástico quase a querer desaparecer
Dentro de nós somos iguais, com coisas e fortunas feias e alegremente lascivas
Fartas de o cão ser igual ao dono
E de o dono não seres tu
Cresce dentro do teu abismo e vomita para dentro do outro e serás feliz
Cresce dentro do teu medo e vomita para dentro do outro e serás feliz
A purpurina pobre transforma-se em cinzas e a gelatina afaga-te a língua
E assim se fez o Deus Humano
Mississipi ou lá o que o for
Dentro e fora
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